segunda-feira, 4 de julho de 2011

Tchau Hagrid...


A casa ficou vazia. Faltam quatro patas aqui. Faltam os pelos amarelos por toda parte e aquela criatura enorme jogada no meio da casa. As bacias grandes de água e ração foram escondidas para evitar mais cachoeiras de lágrimas. Todo mundo está calado. Mas todos estão chorando, no banheiro, na varanda, no travesseiro e em todo lugar.
Os corações estão tristes e incompletos. A falta do som das patas se arrastando no chão. Hoje ninguém vai ter que descer pra passear. Ninguém vai latir no meio da noite, durante um sonho qualquer. Ninguém vai abanar o rabo às quatro da manhã quando eu abrir a porta devagar com os sapatos na mão. Ninguém vai me fazer companhia na cozinha ou encostar a cabeça na minha perna e pedir carinho.
Olhando pra varanda, onde costumava ficar o gigante posso me lembrar de cenas lindas que aliviavam meu coração. Até sorri, lembrando das minhas tentativas frustradas, quando ele era mais novo, de fazê-lo pegar a bolinha que eu jogava lá longe. Ele sempre ia correndo, chegava, cheirava. E voltava com passos lentos deixando-a para trás. Ou então agarrava a bola e não me devolvia mais. Eu sempre me frustrava. Eu sempre ria.
Todas as noites sozinhos em casa e as bolinhas jogadas perto do portão, todas as experiências vão ficar para sempre marcados do meu coração.
  
                

2 comentários:

  1. Sentirei falta do gigante, como sua mãe costumava chamá-lo. Está em um lugar melhor agora.

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  2. owww Carol.. Nem sabia.. Espero que você fique bem!

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