domingo, 21 de novembro de 2010

A deliciosa dor de amar

A internet nos trouxe alguns malefícios como a diminuição do contato pessoal, cara a cara, o aumento do contato virtual e a exposição de jovens a sites cujos conteúdos nem sempre são adequados. Mas também nos proporciona várias coisas boas, como por exemplo, poder compartilhar os seus pensamentos e desejos com pessoas do mundo inteiro e rapidamente saber o que os outros acham.
  Eu não sou muito de assistir TV, mas soube pelo twitter que a escritora Martha Medeiros iria participar de um programa de entrevistas na TV Brasil. E eu como mais nova fã de Martha, não poderia deixar de assistir. Mesmo faltando algum tempo para o início do programa, já deixei a TV ligada no canal certo, estava passando um show de samba com vários cantores. Estava também no computador, então não prestei muita atenção no show, mas uma frase me chamou atenção: “Amor só é bom se doer”. Adorei! Rapidamente postei esse trecho da música na minha página no Facebook e dentro de cinco minutos vi alguns comentários...
- Discordo, o amor tem que ser sadio. Sem dor nem sofrimento.
-Que masoquista Carol!
  Mas espere ai, amor sem dor? O amor dói porque é grande demais para uma pessoa só. E nesse aspecto o amor é possessivo, ele não quer ficar em um só coração, quer todos. Ele é tão imenso, tão intenso que quer sair de dentro do peito e jorrar para todos os lados.
  O amor me dói a cabeça só de pensar que um dia isso pode acabar. Ele me dói a sola doa pés, porque nessa incansável loucura de querer encontrar aquele alguém que faz com que as pernas não parem de tremer, até esquecemos de por um tênis confortável. Me cansa os olhos de tanto tentar acompanhar tudo que aquela pessoa faz. Me dói os dedos da mão, de tanto torcê-los , pedindo a todos os santos para que façam com que quando eu entrar no corredor, aquele alguém também esteja lá. O amor me dói principalmente o peito, que quase já não agüenta mais as batucadas do meu coração toda vez que escuta uma certa voz.
  Então eu acho que sou sim masoquista, mas se o amor não te machuca por nenhuma dessas razões, se teus pés, dedos, peito e olhos estão perfeitamente bem, perfeitamente sadios, na minha humilde opinião você não está amando. Não se o que Vinicius (o samba cantado pelo rapaz cujo nome eu ainda não descobri é de Vinicius de Moraes) quis dizer com essa frase, mas é o que penso sobre a deliciosa dor de amar.
Mas “pergunte ao seu Orixá o amor só é bom se doer

5 comentários:

  1. hm... como havia dito, o amor é pra ser uma coisa sadia... o amor pode estar num regar de plantas, num favor, num pensamento e inclusive em um relacionamento... e em um relacionamento, quando tudo está sempre perfeito... são duas opções: ou essas pessoas não existem, ou são perfeitas, e como não existe pessoas que não existe ou pessoas que são perfeitas... É impossível um relacionamento sem discussão, sem pensamentos opostos e sem mudança e conseqüentemente, sem dor. Mas essa dor aí, é normal, penso eu! Sem ela, nós não crescemos, como pessoa! e é isso. ps:. pode parecer meio desorganizado, mas eu falei que não sou boa pra essas coisas... :/

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  2. aaah, esqueci de dizer que concordava em parte com você! hehe! :P

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  3. Nãao, mas a dor de que eu falo são os cansaços de amar. Tipo, não é uma dor física ou por conta de brigas e discussões sabe? É aquela dorzinha de cabeça quando não te ligam, a questão do dedos doloridos de tanto os torcer (yn) pedindo a presença de alguém... É uma preocupação. Você é ótima para essas coisas dona Mayra! rs.

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  4. Masoquista? Somos todos sim, o amor vai além dos sorrisos, ele nasce das lágrimas, no solo da dor de querer e lutar, da felicidade de ter e conquistar, como diz AC " ...o amor é mais que isso...", o amor é sempre mais do que vc possa supor, vc surpreende-se ao descobrir o que sente quando vê esse alguém, quando escuta sua voz ecoando no seu peito, perde forças, palavras, coragem, sentido, caminho e ganha medo, aflição, batimentos cardíacos desordenados implodindo no peito. Como diria Mario Quitana, "tão bom morrer de amor e continuar vivendo", na verdade é isso mesmo, quando vc passa amar alguém fazendo que doa mãos, pés, olhos e peito, morre alguém em vc, morre seu passado, há uma reconstrução dentro de ti, vc passa a ser diferente, nada é a mesma coisa, vc renasce para alguém que fez vc morrer.
    Se amor é dor, não me restas dúvidas, mas prefiro que doa intenso do que eu morra sem amor. BRAVO CAROL, adorei o texto!

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